Doenças
- Desvio do Septo Nasal
- Rinites e Turbinectomia (Cirurgia das Conchas Nasais)
- Sinusite e Cirurgia dos Seios da Face
- Ronco e Apnéia do Sono
- Aumento de adenóide e amigdalas e infecções de repetição
- Otite Externa e Média
O septo nasal é a estrutura que divide os dois lados da cavidade nasal. Ele é formado por 03 ossos e 01 cartilagem (ossos crista maxilar, lâmina perpendicular do etmoide e vômer, associada à cartilagem quadrangular).
Fonte: Principles of Nasal Reconstruction, Shan R. Baker
Normalmente ao nascimento e no início da infância ele é completamente reto e divide as duas cavidades por igual, porém, durante o crescimento e desenvolvimento da face, podem ocorrer tortuosidades principalmente nas áreas de conexão entre as estruturas do septo, fazendo com que as cavidades nasais fiquem com tamanhos diferentes, o que pode gerar obstrução nasal.
Tortuosidades leves do septo nasal são extremamente comuns e normalmente não geram sintomas nasais importantes, porém, em alguns casos pode causar:
- Obstrução nasal que pode dificultar a respiração e a prática de atividades físicas;
- Obstrução das vias de drenagem dos seios da face gerando episódios recorrentes de sinusites;
- Roncos noturnos;
- Sangramentos nasais recorrentes;
- Diminuição do olfato;
- Dores de cabeça.
No caso de algum sintoma nasal descrito acima, o médico otorrinolaringologista deve ser consultado para avaliação.
O tratamento do desvio de septo nasal quando sintomático é cirúrgico. Realiza-se um procedimento em centro cirúrgico com o auxílio de vídeo e ótica que é feito apenas por dentro das narinas, não sendo necessária nenhuma incisão externa na pele. Em média, 06 horas após a realização tem-se alta hospitalar, não sendo necessária uma internação mais prolongada.
A recuperação do procedimento costuma ocorrer de forma tranquila, com retorno a atividades de trabalho remota em 1 a 2 dias após o procedimento e de forma presencial após 05 dias. Por não haver incisões externas na face, não há formação de hematomas ou inchaços. A restrição à exposição prolongada ao sol e a atividades físicas é de 3 a 4 semanas do procedimento.
Quaisquer dúvidas ou avaliações, agende uma consulta com nossa equipe. Será um prazer auxiliar!
As conchas (cornetos ou turbinas nasais, também popularmente conhecidas como carne esponjosa do nariz) são estruturas responsáveis por aquecer e umidificar o ar que entra pelo nariz. As cavidades nasais apresentam 03 tipos de conchas de cada lado (conchas inferior, média e superior).
A concha inferior é a turbina que normalmente gera maior resistência à entrada do ar pelo nariz e que merece maior atenção nos casos de obstrução nasal. Um aumento dessas estruturas pode ocorrer por diversas causas, desde fatores anatômicos/genéticos, onde a estrutura em si se desenvolve a ponto da resistência à passagem de ar se dar de forma muito intensa, até outras causas como rinites ou uso crônico de medicamentos para desobstruir o nariz.
Os sintomas mais comuns do aumento das conchas nasais são:
- Obstrução nasal que pode dificultar a respiração e a prática de atividades físicas;
- Obstrução das vias de drenagem dos seios da face gerando episódios recorrentes de sinusites;
- Roncos noturnos;
- Coriza;
- Diminuição do olfato;
- Dores de cabeça.
A rinite é uma inflamação da mucosa nasal que pode ser ocasionada por diversos fatores como infecções, alergias ou exposição a produtos químicos. Os sintomas mais frequentes são espirros, coriza, coceira no nariz ou olhos e obstrução nasal.
Na maioria dos casos, tratamentos clínicos para reduzir a inflamação da mucosa, como melhora na exposição a fatores ambientais e uso de medicamentos, são suficientes para redução dos sintomas, porém, em alguns casos, faz-se necessária a realização do procedimento para redução de seu tamanho.
Na cirurgia de turbinectomia realizamos, com o auxílio de vídeo e endoscópio, um corte na estrutura da concha nasal, onde removemos parte de sua mucosa e porção óssea a fim de obter uma menor resistência para a passagem do ar. Após essa redução, é feita uma cauterização dos locais manipulados para controle de sangramento, onde há a formação de crostas. Hoje em dia não utilizamos de rotina tampões nasais por conta da evolução da técnica com o uso do vídeo e cauterização, porém, em algumas situações de sangramento excessivo, ele pode se fazer necessário. Em média, 06 horas após a realização tem-se alta hospitalar, não sendo necessária uma internação mais prolongada.
A recuperação do procedimento costuma ser tranquila. Há a saída de uma secreção com sangue que dura em média 02 dias e quase não há desconforto. Deve-se lavar o nariz com muita frequência para reduzir a formação de crostas. Assoar o nariz, exposição prolongada ao sol e prática de atividades físicas devem ser evitadas pelo período de 30 dias por conta do risco de sangramento.
O retorno a atividades de trabalho remota ocorre em 1 a 2 dias após o procedimento e de forma presencial após 05 dias. Por não haver incisões externas na face, não há formação de hematomas ou inchaços.
Quaisquer dúvidas ou avaliações, agende uma consulta com nossa equipe. Será um prazer auxiliar!
Os seios da face (seios paranasais) são cavidades aeradas que ficam ao redor da cavidade nasal e são responsáveis por gerar uma redução do peso do crânio, proteger estruturas nobres como anteparo em caso de trauma e conferir ressonância à voz. São em número de 04 (seios maxilar, etmoide, frontal e esfenóide) por lado da face, totalizando 08.
A sinusite (ou rinossinusite) é uma inflamação e/ou infecção dos seios paranasais e pode ser aguda, aguda recorrente ou crônica.
A rinossinusite aguda tem duração menor que 04 semanas, enquanto na aguda recorrente ocorrem 04 episódios ou mais com melhora completa entre eles no período de 01 ano. A maior parte das infecções nasais estão incluídas nessa classe, como gripes e resfriados. Os sintomas incluem:
- Obstrução ou secreção nasal;
- Dor ou pressão facial;
- Redução ou perda de olfato.
(Fonte: ICAR, 2021)
A rinossinusite crônica é a ocorrência de sintomas de rinossinusite por mais de 12 semanas, devendo incluir pelo menos 2 dos sintomas ou achados de exame:
- Obstrução nasal;
- Secreção nasal mucopurulenta anterior e posterior;
- Pressão ou dor facial;
- Perda ou diminuição de olfato.
(Fonte: ICAR, 2021)
Dentre os tipos de rinossinusite crônica encontram-se as rinossinusites com e sem pólipos nasais. O consenso Europeu de Rinossinusites (EPOS 2020) modificou as classificações de rinossinusite, dividindo as causas em primárias (originadas no nariz), secundárias (decorrentes de outras doenças) e em relação ao acometimento de todas as cavidades nasais (difusa) ou isoladas.
Todas as possíveis causas de rinossinusites crônicas devem ser avaliadas por um médico otorrinolaringologista especialista. Dentre as causas encontram-se:
- Rinossinusite Fúngica Alérgica;
- Rinossinusite Isolada;
- Rinossinusite Crônica com Polipose Nasal;
- Rinossinusite Crônica Eosinofílica e Não Eosinofílica;
- Rinossinusite Odontogênica;
- Bola Fúngica;
- Tumores Nasais;
- Discinesia Ciliar Primária;
- Doença de Wegener;
- Fibrose Cística;
- Doença de Churg-Strauss.
(Fonte: EPOS 2020)
O tratamento das rinossinusites deve ser baseado na causa da inflamação ou infecção. No caso das rinossinusites agudas e agudas recorrentes virais (gripes e resfriados), muitas vezes é necessário apenas o uso de medicamentos sintomáticos, não havendo uma terapia específica. No caso de sinusites crônicas, deve-se tratar a causa geradora do acometimento e, em alguns casos, pode ser necessária a realização de procedimento cirúrgico.
A cirurgia dos seios da face tem por objetivo restabelecer o funcionamento adequado e original dos seios da face. Nos casos em que o tratamento medicamentoso não é efetivo, realiza-se uma limpeza da mucosa doente acometida para restaurar a ventilação e a drenagem adequada de secreção, fundamentais para as funções do nariz.
As aberturas (óstios) dos seios da face normalmente estão obstruídas nesses casos devido a inflamação, infecção, lesões (pólipos ou tumorações) ou doenças de mucosa.
O procedimento, na grande maioria dos casos, pode ser realizado apenas por via endoscópica, ou seja, com o uso de vídeo e óticas pela abertura das narinas, sem cortes externos. Esse método permite uma recuperação mais rápida e preserva as estruturas saudáveis, abordando apenas as lesões e/ou os tecidos doentes.
A recuperação da cirurgia por videoendoscopia, devido à sua característica mais conservadora, costuma ocorrer de forma tranquila e sem grandes desconfortos, dependendo do tipo de procedimento realizado. Uma pressão facial ou dor de cabeça leve é frequente e ocorre normalmente até a segunda semana de recuperação.
O retorno ao trabalho presencial ocorre após 5 a 7 dias, sendo o trabalho remoto possível a partir de 02 dias, dependendo da cirurgia. Complicações são raras, sendo o sangramento a mais comum. Assoar o nariz, exposição prolongada ao sol e prática de atividades físicas devem ser evitadas pelo período de 30 dias para minimizar esse risco.
Não é utilizado de rotina tampão nasal, sendo este reservado apenas para casos de sangramento pós-operatório ou sangramentos intraoperatórios abundantes não controlados com cauterização convencional. Por não haver incisões externas na face, não há formação de hematomas ou inchaços.
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O ronco é caracterizado como o ruído causado pelo turbilhonamento do ar e vibração de estruturas na via aérea superior.
O barulho pode ter origem no nariz, quando este apresenta algum fator obstrutivo como:
- Aumento das conchas nasais;
- Desvio de septo nasal;
- Presença de pólipos ou outras lesões;
- Aumento do tecido da adenóide;
- Infecções, dentre outras.




No caso de origem na garganta outros fatores podem gerar o ruído como:
- Palato mole mais baixo que vibra;
- Alterações dos ossos da face;
- Fatores que podem reduzir o calibre da via aérea como aumento das amígdalas e obesidade;
- Fatores que geram relaxamento da musculatura como consumo de álcool ou sedativos e alterações hormonais.
O ronco por si, sem apnéia do sono, gera desconforto aos pacientes que têm acompanhantes que dormem próximo, porém não traz riscos à saúde (nesse caso é denominado ronco primário). Na maioria dos casos o barulho é acompanhado por diminuição do fluxo de ar inspirado (hipopnéia) ou pausas respiratórias (apnéia) e estes sim podem aumentar o risco de eventos cardiovasculares como infartos e AVC e causar diversas alterações no sono como sonolência excessiva diurna.
As doenças obstrutivas do sono devem ser avaliadas individualmente pelo médico otorrinolaringologista para tratamento.
O ronco e a apnéia e hipopnéia podem ser tratados com medidas clínicas direcionadas para o fator causal como redução de peso, medidas ambientais como cessar abuso de bebida alcoólica ou suspensão do uso de determinados medicamentos, porém, em alguns casos, podem ser necessárias outras medidas terapêuticas. Dentre os principais métodos de controle de ronco e apnéia temos:
- Uso de Aparelho Intra-oral, uma placa que fica em contato com as arcadas dentárias superior e inferior e que proporciona um avanço da mandíbula em relação à maxila, aumentando o espaço para passagem do ar na região posterior à língua.


O aparelho normalmente é indicado para pacientes com níveis de apnéia mais leves, com grau de obstrução menor.
- Uvulopalatofaringoplastia (cirurgia do ronco): essa cirurgia está indicada para pacientes com apnéia do sono que apresentam uma queda mais significativa do palato com ronco e/ou pacientes que possuem aumento do volume das amígdalas com boa abertura de boca, porém sem obesidade importante.
Nessa cirurgia são removidas as amígdalas e realiza-se uma abertura da musculatura do fundo da garganta através de pontos, aumentando-se a passagem de ar durante o sono. Quanto maior o tamanho das amígdalas, mais eficaz é o procedimento. Ele traz a vantagem de ser um tratamento definitivo se bem indicado, porém a desvantagem de dor intensa no pós-operatório pelo período médio de 10 dias.
- CPAP ou aparelho para apnéia: esse é o tratamento padrão ouro para ronco, apnéia e hipopneia pois funciona para praticamente todos os casos. Consiste em um aparelho conectado a uma máscara nasal que faz uma pressão positiva na via aérea, reduzindo a sua resistência.
O CPAP evoluiu significativamente nos últimos anos e tem se tornado cada vez mais confortável. Ele tem como vantagem o alto índice de sucesso de tratamento, porém a desvantagem de ser menos prático pois deve ser usado sempre, mesmo durante cochilos durante o dia e viagens.
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Adenóide e Amígdalas
A adenóide (ou tonsila faríngea) e as amígdalas palatinas (ou tonsilas palatinas) são tecidos linfóides (órgãos imunológicos) que fazem parte do anel linfático de Waldeyer. Os tecidos linfóides estão em toda a nossa faringe, porém, em determinados pontos, há a presença de estruturas denominadas tonsilas, que são divididas em tubáreas, faríngea, palatinas e linguais.
Em determinados pacientes, normalmente na infância, quando há uma maior atividade desse tecido, pode haver um aumento dessas estruturas. O aumento de cada uma dessas estruturas pode gerar sintomas distintos. As tonsilas palatinas e faríngea são as mais frequentemente acometidas. O aumento da tonsila faríngea pode gerar sintomas como:
- Obstrução nasal;
- Disfunções auditivas como otites e queda de audição;
- Sinusites de repetição;
- Alterações do sono.
No caso das tonsilas palatinas, os sintomas mais frequentes são:
- Infecções de repetição;
- Alterações do sono, como ronco e apneia do sono.
Alguns pacientes, além de apresentarem aumento dessas estruturas, também sofrem com infecções bacterianas de repetição. Pode haver a formação de uma camada de bactérias conhecida como biofilme bacteriano sobre essas estruturas, gerando essa recorrência. Em alguns casos, é possível a tentativa de tratamento medicamentoso apenas, porém, em outros, apenas a remoção das tonsilas consegue eliminar essas bactérias.
As cirurgias de remoção da adenóide e das amígdalas são procedimentos extremamente comuns dentro da otorrinolaringologia. No passado, eram realizados sem muito critério, porém, hoje, há indicações precisas para sua realização.
No caso da adenóide, realizamos sua remoção quando o seu aumento gera:
- Obstrução nasal com respiração pela boca;
- Roncos noturnos;
- Infecções bacterianas de repetição sem resposta ao uso de medicamentos;
- Obstrução da tuba auditiva, levando a disfunções auditivas ou otites.
No caso das amígdalas, o procedimento é indicado quando:
- O aumento das amígdalas gera ronco e/ou apneia do sono;
- Há infecções bacterianas de repetição sem melhora com tratamento clínico, visando remover o biofilme de bactérias.
Uma das dúvidas mais comuns sobre esses procedimentos, especialmente em crianças, é o possível risco de aumento do número de infecções ou queda da imunidade após a remoção dessas estruturas. No entanto, isso já foi amplamente estudado, e verificou-se que não há prejuízo. O restante do tecido linfóide presente em toda a faringe e as demais estruturas do anel linfático de Waldeyer continuam exercendo suas funções imunológicas.
A cirurgia de adenóide e amígdalas é realizada sob anestesia geral, com o paciente sedado durante todo o procedimento. Trata-se de uma cirurgia do tipo hospital-dia, ou seja, a alta ocorre, na maioria dos casos, no mesmo dia da internação.
O maior risco, apesar de raro, é o sangramento, que, em alguns casos, pode necessitar de uma reabordagem para controle. A recuperação varia conforme a idade do paciente: quanto menor a idade, mais tranquila tende a ser a recuperação. O sintoma mais comum no pós-operatório é a dor, que pode ser amenizada com o uso de analgésicos.
O tempo de recuperação para retorno às atividades varia:
- Em crianças, o retorno às atividades escolares habituais ocorre após 05 dias;
- Em adultos, devido à dor pós-operatória mais intensa, o retorno acontece entre 7 a 10 dias.
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A orelha humana é dividida em 3 partes. A orelha externa engloba o pavilhão auricular e o canal auditivo e é responsável pela captação do som.
A membrana do tímpano é a estrutura que divide a orelha externa da orelha média, que é formada principalmente pela cadeia de ossículos (martelo, bigorna e estribo) e cavidade timpânica. Sua função é transmitir e amplificar a energia sonora captada pela orelha externa.
A orelha interna é onde se localiza a cóclea, que é responsável pela transformação da energia sonora em impulsos elétricos que são transmitidos ao cérebro para gerar a percepção do som.
As otites são inflamações ou infecções da orelha e acometem mais frequentemente as orelhas externa e média.
A otite externa é a infecção do pavilhão ou do canal auditivo. Existem fatores que predispõem a essa infecção, principalmente o contato prolongado com água ou manipulação externa, mais comumente feita com hastes flexíveis. A manipulação da pele da orelha externa pode quebrar sua barreira de proteção, favorecendo a contaminação.
Os sintomas mais comuns da otite externa são:
- Sensação de ouvido tampado;
- Dor, que pode ser muito intensa e irradiar para outros locais.
O tratamento normalmente é feito com o uso de medicamentos tópicos e analgésicos, além da proteção contra o contato com água e cessação da manipulação local.
A otite média é uma infecção ou inflamação da cavidade do tímpano e acomete mais frequentemente crianças. As otites médias mais comuns podem ou não ser infecciosas.
A otite média infecciosa normalmente é secundária a uma infecção das vias aéreas que atinge a região pela tuba auditiva. Os sintomas mais comuns são:
- Dor no ouvido;
- Sensação de ouvido tampado.
No caso de infecções virais, a doença é autolimitada e são usados apenas medicamentos sintomáticos. Em infecções bacterianas, normalmente é necessário o uso de antibióticos.
A otite média não infecciosa, ou otite média serosa, é uma inflamação da cavidade timpânica, normalmente secundária a uma obstrução da tuba auditiva, dificultando a equalização de pressão da orelha média.
Quando a pressão da cavidade é menor que a pressão atmosférica, há a secreção de líquido não infeccioso, o que gera:
- Sensação de ouvido tampado;
- Diminuição da audição.
A otite serosa é muito mais comum em crianças e pode ser causada por um quadro infeccioso prévio ou pela obstrução mecânica da tuba auditiva, como, por exemplo, no aumento da adenóide ou na rinite alérgica descompensada.
A otite serosa, quando não responde ao tratamento medicamentoso, pode necessitar de procedimento cirúrgico. A cirurgia consiste, na maior parte das vezes, na remoção da adenóide, que é a principal causa de obstrução da tuba auditiva, associada à colocação do tubo de ventilação na membrana do tímpano.
A cirurgia do tubo de ventilação é feita através de uma pequena incisão no tímpano, seguida da aspiração do líquido presente na cavidade timpânica e da colocação do tubo no local da incisão.
O objetivo desse procedimento é equalizar a pressão da cavidade timpânica com a pressão atmosférica através da abertura do tubo, até que a tuba auditiva retorne ao seu funcionamento adequado.
O pós-operatório desse procedimento é bem tranquilo. Não há dor local, porém, deve-se proteger as orelhas do contato com a água para evitar sua entrada na cavidade timpânica, pois isso pode favorecer otites infecciosas.
O tubo de ventilação é expelido pelo organismo, em média, entre 6 meses e 1 ano após o procedimento, e a abertura da membrana timpânica se fecha sozinha.
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