Nariz / Seios da Face

O septo nasal é a estrutura que divide os dois lados da cavidade nasal. Ele é formado por 03 ossos e 01 cartilagem (ossos crista maxilar, lâmina perpendicular do etmoide e vômer, associada à cartilagem quadrangular).

septo

Fonte: Principles of Nasal Reconstruction, Shan R. Baker

Normalmente ao nascimento e no início da infância ele é completamente reto e divide as duas cavidades por igual, porém, durante o crescimento e desenvolvimento da face, podem ocorrer tortuosidades principalmente nas áreas de conexão entre as estruturas do septo, fazendo com que as cavidades nasais fiquem com tamanhos diferentes, o que pode gerar obstrução nasal.

septo2

Tortuosidades leves do septo nasal são extremamente comuns e normalmente não geram sintomas nasais importantes, porém, em alguns casos pode causar:

  • Obstrução nasal que pode dificultar a respiração e a prática de atividades físicas;
  • Obstrução das vias de drenagem dos seios da face gerando episódios recorrentes de sinusites;
  • Roncos noturnos;
  • Sangramentos nasais recorrentes;
  • Diminuição do olfato;
  • Dores de cabeça.

No caso de algum sintoma nasal descrito acima, o médico otorrinolaringologista deve ser consultado para avaliação.

O tratamento do desvio de septo nasal quando sintomático é cirúrgico. Realiza-se um procedimento em centro cirúrgico com o auxílio de vídeo e ótica que é feito apenas por dentro das narinas, não sendo necessária nenhuma incisão externa na pele. Em média, 06 horas após a realização tem-se alta hospitalar, não sendo necessária uma internação mais prolongada.

endoscope

A recuperação do procedimento costuma ocorrer de forma tranquila, com retorno a atividades de trabalho remota em 1 a 2 dias após o procedimento e de forma presencial após 05 dias. Por não haver incisões externas na face, não há formação de hematomas ou inchaços. A restrição à exposição prolongada ao sol e a atividades físicas é de 3 a 4 semanas do procedimento.

Quaisquer dúvidas ou avaliações, agende uma consulta com nossa equipe. Será um prazer auxiliar!

Os cornetos (conchas ou turbinas) nasais são as estruturas popularmente conhecidas como “carne esponjosa do nariz”. Eles têm a função de gerar um aumento da resistência do ar dentro nariz fazendo com que esse ar chegue ao fundo da cavidade nasal limpo, aquecido e umidificado. Há uma tendência de aumentarem de tamanho em ambientes frios (para aquecer mais o ar) e diminuírem no calor. Alguns outros fatores fazem com que eles aumentem muito de tamanho o que gera uma obstrução nasal intensa e consequentemente respiração pela boca. O mais comum é a rinite alérgica onde a inflamação crônica dos cornetos pela alergia causa um aumento (hipertrofia) dos mesmos.

As conchas (cornetos ou turbinas nasais, também popularmente conhecidas como carne esponjosa do nariz) são estruturas responsáveis por aquecer e umidificar o ar que entra pelo nariz. As cavidades nasais apresentam 03 tipos de conchas de cada lado (conchas inferior, média e superior).

conchas nasais

A concha inferior é a turbina que normalmente gera maior resistência à entrada do ar pelo nariz e que merece maior atenção nos casos de obstrução nasal. Um aumento dessas estruturas pode ocorrer por diversas causas, desde fatores anatômicos/genéticos, onde a estrutura em si se desenvolve a ponto da resistência à passagem de ar se dar de forma muito intensa, até outras causas como rinites ou uso crônico de medicamentos para desobstruir o nariz.

concha inferior

Os sintomas mais comuns do aumento das conchas nasais são:

  • Obstrução nasal que pode dificultar a respiração e a prática de atividades físicas;
  • Obstrução das vias de drenagem dos seios da face gerando episódios recorrentes de sinusites;
  • Roncos noturnos;
  • Coriza;
  • Diminuição do olfato;
  • Dores de cabeça.

A rinite é uma inflamação da mucosa nasal que pode ser ocasionada por diversos fatores como infecções, alergias ou exposição a produtos químicos. Os sintomas mais frequentes são espirros, coriza, coceira no nariz ou olhos e obstrução nasal.

Na maioria dos casos, tratamentos clínicos para reduzir a inflamação da mucosa, como melhora na exposição a fatores ambientais e uso de medicamentos, são suficientes para redução dos sintomas, porém, em alguns casos, faz-se necessária a realização do procedimento para redução de seu tamanho.

Na cirurgia de turbinectomia realizamos, com o auxílio de vídeo e endoscópio, um corte na estrutura da concha nasal, onde removemos parte de sua mucosa e porção óssea a fim de obter uma menor resistência para a passagem do ar. Após essa redução, é feita uma cauterização dos locais manipulados para controle de sangramento, onde há a formação de crostas. Hoje em dia não utilizamos de rotina tampões nasais por conta da evolução da técnica com o uso do vídeo e cauterização, porém, em algumas situações de sangramento excessivo, ele pode se fazer necessário. Em média, 06 horas após a realização tem-se alta hospitalar, não sendo necessária uma internação mais prolongada.

A recuperação do procedimento costuma ser tranquila. Há a saída de uma secreção com sangue que dura em média 02 dias e quase não há desconforto. Deve-se lavar o nariz com muita frequência para reduzir a formação de crostas. Assoar o nariz, exposição prolongada ao sol e prática de atividades físicas devem ser evitadas pelo período de 30 dias por conta do risco de sangramento.

O retorno a atividades de trabalho remota ocorre em 1 a 2 dias após o procedimento e de forma presencial após 05 dias. Por não haver incisões externas na face, não há formação de hematomas ou inchaços.

Quaisquer dúvidas ou avaliações, agende uma consulta com nossa equipe. Será um prazer auxiliar!

É a inflamação / infecção do nariz e dos seios da face com duração menor de 04 semanas. Os sintomas devem incluir obstrução nasal ou secreção nasal e dor ou pressão facial ou redução e perda de olfato (fonte: ICAR 2021). A maior parte das infecções nasais estão incluídas nessa classe como Gripes e Resfriados.
No caso da rinossinusite aguda recorrente ocorrem 4 ou mais episódios de rinossinusite aguda com melhora completa entre cada episódio (fonte: ICAR 2021).
É a ocorrência de sintomas de rinossinusite por mais de 12 semanas. Os sintomas devem incluir pelo menos 2 dos sintomas ou achados de exames: obstrução nasal, secreção nasal mucopurulenta anterior e posterior, pressão ou dor facial, perda ou diminuição do olfato (fonte: ICAR 2021).
Dentre os tipos de rinossinusite crônica encontram-se as rinossinusites com e sem pólipos nasais. O novo consenso Europeu de Rinossinusites (EPOS 2020) modificou as classificações de rinossinusite, tendo as causas divididas em causas originais do nariz (primárias), secundárias a outras doenças e em relação ao acometimento de todas as cavidades nasais (difusa) ou isoladas. Todas as possíveis causas de rinossinusites crônicas devem ser avaliadas por um médico otorrinolaringologista especialista. Dentre as causas encontram-se: Rinossinusite Fúngica Alérgica, Rinossinusite Isolada, Rinossinusite Crônica com Polipose Nasal, Rinossinusite Crônica Eosinofílica e Não Eosinifílica, Rinossinusite Odontogênica, Bola Fúngica, Tumores Nasais, Discinesia Ciliar Primária, Doença Wegener, Fibrose Cística, Doença Churg-Strauss (fonte: EPOS 2020).
A atresia de coana é uma malformação nasal onde as coanas (as aberturas da porção do fundo do nariz) encontram-se fechadas, de um ou dos 2 lados. Esse fechamento pode ocorrer apenas por uma porção membranosa quanto associada a uma porção óssea. O diagnóstico normalmente é feito na infância e pode estar associada a outras malformações. O tratamento para resolução é cirúrgico.
A fístula liquórica nasal é uma drenagem de líquor (líquido que embebe o sistema nervoso central) pela cavidade nasal. A porção superior do nariz tem relação próxima com a cavidade intracraniana e por malformações, traumas, complicações cirúrgicas por exemplo, ocorre uma comunicação entre as cavidades com uma drenagem desse líquido pelo nariz podendo gerar complicações intracranianas. Essas aberturas (fístulas) devem ser corrigidas cirurgicamente assim que diagnosticadas.

Os seios da face (seios paranasais) são cavidades aeradas que ficam ao redor da cavidade nasal e são responsáveis por gerar uma redução do peso do crânio, proteger estruturas nobres como anteparo em caso de trauma e conferir ressonância à voz. São em número de 04 (seios maxilar, etmoide, frontal e esfenóide) por lado da face, totalizando 08.

seios da face

A sinusite (ou rinossinusite) é uma inflamação e/ou infecção dos seios paranasais e pode ser aguda, aguda recorrente ou crônica.

A rinossinusite aguda tem duração menor que 04 semanas, enquanto na aguda recorrente ocorrem 04 episódios ou mais com melhora completa entre eles no período de 01 ano. A maior parte das infecções nasais estão incluídas nessa classe, como gripes e resfriados. Os sintomas incluem:

  • Obstrução ou secreção nasal;
  • Dor ou pressão facial;
  • Redução ou perda de olfato.

(Fonte: ICAR, 2021)

A rinossinusite crônica é a ocorrência de sintomas de rinossinusite por mais de 12 semanas, devendo incluir pelo menos 2 dos sintomas ou achados de exame:

  • Obstrução nasal;
  • Secreção nasal mucopurulenta anterior e posterior;
  • Pressão ou dor facial;
  • Perda ou diminuição de olfato.

(Fonte: ICAR, 2021)

Dentre os tipos de rinossinusite crônica encontram-se as rinossinusites com e sem pólipos nasais. O consenso Europeu de Rinossinusites (EPOS 2020) modificou as classificações de rinossinusite, dividindo as causas em primárias (originadas no nariz), secundárias (decorrentes de outras doenças) e em relação ao acometimento de todas as cavidades nasais (difusa) ou isoladas.

Todas as possíveis causas de rinossinusites crônicas devem ser avaliadas por um médico otorrinolaringologista especialista. Dentre as causas encontram-se:

  • Rinossinusite Fúngica Alérgica;
  • Rinossinusite Isolada;
  • Rinossinusite Crônica com Polipose Nasal;
  • Rinossinusite Crônica Eosinofílica e Não Eosinofílica;
  • Rinossinusite Odontogênica;
  • Bola Fúngica;
  • Tumores Nasais;
  • Discinesia Ciliar Primária;
  • Doença de Wegener;
  • Fibrose Cística;
  • Doença de Churg-Strauss.

(Fonte: EPOS 2020)

O tratamento das rinossinusites deve ser baseado na causa da inflamação ou infecção. No caso das rinossinusites agudas e agudas recorrentes virais (gripes e resfriados), muitas vezes é necessário apenas o uso de medicamentos sintomáticos, não havendo uma terapia específica. No caso de sinusites crônicas, deve-se tratar a causa geradora do acometimento e, em alguns casos, pode ser necessária a realização de procedimento cirúrgico.

A cirurgia dos seios da face tem por objetivo restabelecer o funcionamento adequado e original dos seios da face. Nos casos em que o tratamento medicamentoso não é efetivo, realiza-se uma limpeza da mucosa doente acometida para restaurar a ventilação e a drenagem adequada de secreção, fundamentais para as funções do nariz.

As aberturas (óstios) dos seios da face normalmente estão obstruídas nesses casos devido a inflamação, infecção, lesões (pólipos ou tumorações) ou doenças de mucosa.

O procedimento, na grande maioria dos casos, pode ser realizado apenas por via endoscópica, ou seja, com o uso de vídeo e óticas pela abertura das narinas, sem cortes externos. Esse método permite uma recuperação mais rápida e preserva as estruturas saudáveis, abordando apenas as lesões e/ou os tecidos doentes.

cirurgia dos seios da face

A recuperação da cirurgia por videoendoscopia, devido à sua característica mais conservadora, costuma ocorrer de forma tranquila e sem grandes desconfortos, dependendo do tipo de procedimento realizado. Uma pressão facial ou dor de cabeça leve é frequente e ocorre normalmente até a segunda semana de recuperação.

O retorno ao trabalho presencial ocorre após 5 a 7 dias, sendo o trabalho remoto possível a partir de 02 dias, dependendo da cirurgia. Complicações são raras, sendo o sangramento a mais comum. Assoar o nariz, exposição prolongada ao sol e prática de atividades físicas devem ser evitadas pelo período de 30 dias para minimizar esse risco.

Não é utilizado de rotina tampão nasal, sendo este reservado apenas para casos de sangramento pós-operatório ou sangramentos intraoperatórios abundantes não controlados com cauterização convencional. Por não haver incisões externas na face, não há formação de hematomas ou inchaços.

Quaisquer dúvidas ou avaliações, agende uma consulta com nossa equipe. Será um prazer auxiliar!